VEREADORES DA BASE DA PREFEITA TENTAM NOVO GOLPE PARA APROVAR VENDA DO DAE EM BAURU, MAS POPULAÇÃO SE POSICIONA CONTRA; ENTENDA
Nesta segunda-feira, (13), sessão da câmara adentra noite com tentativa de destituição de Comissão de Economia, Finanças e Orçamento para dar seguimento à concessão da ETE
Nesta segunda-feira, (13), em sessão irregular da Câmara de Bauru, os vereadores da base da prefeita, Junior Rodrigues, Markinho de Souza e Miltinho Sardim compondo a mesa diretora tentam destituir Comissão de Economia, Finanças e Orçamento para dar continuidade forçada a votação para a venda do DAE.
A tentativa de destituição acontece porque o relator da Comissão, vereador Ubiratan Sanches, declarou aguardar informações solicitadas à Polícia Civil para dar seu parecer. O presidente da Câmara, Junior Rodrigues, aliado de Suellén Rosim, tenta então nomear um outro relator - de forma ilegal, em sessão que já ultrapassa o período de funcionamento normal da casa, acontecendo desde às 14h e tendo ultrapassado às 23h. - Suspensa às 23h50.
Júnior Rodrigues recebeu voz de prisão do vereador Borgo, mas seguiu presidindo a sessão, mesmo com os protestos dos colegas de casa e da população presente na sessão, que puxava entre outros, os coros "Golpista" e "Vendido". Vereadores como Chiara Ranieri, Guilherme Berriel, Edmilson Marinho e a presidente da Comissão de Finanças, Estela Almagro pontuaram a ilegalidade da manobra arbitrária do presidente da Câmara, se abstendo e protestando veemente contra a postura da mesa diretora e da gestão, que vai contra o regimento interno da casa e a própria Lei Orgânica do Município (LOM).
Diante de várias tentativas e subsequente maioria de votos contrários ou abstenções à tentativa de nomear um novo relator, a pauta da Câmara segue travada, impedindo o andamento de projetos como a Lei Paulo Gustavo, Lei Aldir Blanc e ao reajuste do piso salarial dos servidores municipais.
Ainda entre às 09h e 13h desta segunda, antes do início da sessão, a população se manifestou em concentração em frente à Câmara pela liberação do dinheiro da Cultura, bem como pelo reajuste do piso salarial e direitos trabalhistas dos servidores, e contra a concessão da ETE.
Após o ato, a população foi limitada de entrar na câmara, ao que os funcionários da mesma alegavam já estar sem "vagas" na sessão. Servidores e munícipes no entanto, conseguiram entrar e acompanhar a sessão que desencadeou uma série de absurdos, como a tentativa do vereador Edson Miguel, de censurar a população, retirando celulares que gravavam a plenária da mão dos proprietários.