Agronegócio prioriza exportação e compromete segurança alimentar no Brasil
Modelo agroexportador concentra lucros, encarece os alimentos e invisibiliza pequenos produtores. Especialistas alertam para impactos na soberania alimentar e no acesso à comida no país.

🌱 Agronegócio prioriza exportação e compromete segurança alimentar no Brasil O setor do agronegócio brasileiro é frequentemente apresentado como motor da economia nacional.
No entanto, especialistas e movimentos sociais vêm chamando atenção para os efeitos de um modelo produtivo baseado na exportação de commodities como soja, milho e carne, que pouco contribui para o abastecimento interno e o acesso da população à alimentação de qualidade. Apesar do crescimento econômico promovido pelo setor, a realidade é que a maior parte dos alimentos consumidos pelos brasileiros é produzida por pequenos agricultores familiares — justamente os que recebem menos incentivos e enfrentam maiores dificuldades no campo.
Enquanto o agronegócio concentra recursos, terras e influência política, os preços dos alimentos básicos continuam subindo nas gôndolas dos mercados, impactando diretamente o orçamento das famílias, especialmente nas periferias urbanas.
Além disso, o avanço das monoculturas, aliado à alta do desmatamento e à expulsão de comunidades tradicionais, aprofunda as desigualdades sociais e ambientais no campo.
O debate sobre soberania alimentar — o direito dos povos a produzirem e consumirem seus próprios alimentos de forma sustentável — volta ao centro das discussões em um cenário de insegurança alimentar crescente.
Para pesquisadores e ativistas, enfrentar essa realidade exige reconhecer e fortalecer a agricultura familiar e camponesa, promover uma reforma agrária efetiva e rediscutir as prioridades da política agrícola nacional.
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